Prancha de Surfe

DESCRIÇÃO
A fabricação de pranchas de surfe, pelos famosos shapers (shaper, do inglês shape; “formato”: é a pessoa que dá formato à prancha), não é mais o tradicional processo manual, onde se utilizam ferramentas manuais, para trabalhar um bloco de espuma de espuma de prancha de surf, até atingir a forma desejada. Atualmente, na fabricação de pranchas, são utilizados modernos processos de CAD/CAM/CNC.
Os blocos de espumas de poliuretano (conhecidos como blank), são produzidos com uma resina de poliuretano, que se expande em uma forma similar a um prancha de surfe, com dimensões aumentadas. As dimensões são exageradas, para permitir que uma prancha com curvatura diferente, saia do mesmo bloco. Retirado da forma, o bloco é cortado ao meio e reforçado com um pedaço de madeira compensada, chamada de longarina, para dar estrutura a prancha.
Devido à grande demanda do mercado e o grande esforço para a produção das pranchas de surf artesanalmente, novos processos foram desenvolvidos, que garantem a repetibilidade com precisão, usando softwares modernos tipo CAD. Estes processos, permitem que o shaper continue criando suas pranchas, com a vantagem e a diferença de saber como a prancha irá ficar, antes mesmo de colocar as mãos, no bloco de espuma de poliuretano.
Atualmente, máquinas CNC de shape, fresam o bloco de espuma de poliuretano, para pranchas de surfe e repetem o processo de forma uniforme. Estas máquinas, trabalham com o auxílio de um computador, que coordena toda a movimentação dos três eixos, X,Y e Z da máquina, longitudinal ou eixo-X, transversal ou eixo-Y, e vertical ou eixo-Z.

PROCESSO DE FIBRA DE VIDRO
Primeiro é aplicada uma camada de resina poliéster, sobre o bloco da prancha, para umedecer toda a superfície e obter uma melhor aderência, do tecido de fibra. Uma vez passada a resina, estende-se sobre o bloco, o tecido de fibra, pressionando o mesmo, sobre a peça. Aplica-se mais uma camada de resina poliéster, desta vez considerável, retira-se o excesso de resina poliéster, com uma espátula, para obter a superfície bem lisa e o mais fina possível, diminuindo desta forma, o peso da peça.

PROCESSO DE CURA
A resina poliéster aplicada no bloco da prancha, passa por um processo de cura e terá que esperar algumas horas, para poder secar.

REPETIÇÃO DOS PROCESSOS DE FIBRA DE VIDRO E DE CURA
O Processo de Fibra e o Processo de Cura, são repetidos, para o outro lado do bloco da prancha.

RECORTE DAS SOBRAS
Após a secagem, são cortadas as sobras ao redor das quilhas, rabeta e bico.

PINTURA
A maior parte das pranchas, são pintadas conforme o design do fabricante, que estão sujeitas, às variações da moda. A tinta é aplicada a base de aerosol, que permite uma camada fina e uniforme.

SECAGEM DA TINTA
A prancha fica apoiada para que a pintura seque e não borre.

ADESIVAGEM
Neste estágio são colocados adesivos do logotipo do shaper ou da marca que irá vender a prancha, pois ao receber uma camada de resina por cima do adesivo estará protegido do contato da mão e da água, não alterando a hidrodinâmica da prancha.

QUILHA E PRESILHA DO STREP
Uma vez pintada, a prancha é tracejada simetricamente em local próximo a rabeta, para receber a quilha e a presilha do strep. Fazem-se duas ou três marcações, para encaixar as quilhas, que são fixadas com a própria resina do processo de fibra, assim como a presilha do strep.

POLIMENTO
Por último, é aplicado um polimento na prancha, para ficar lisa e lustrosa.